sábado, 17 de outubro de 2009

Partituras... de Diego Fernandes...

Estou em construção... desculpe o transtorno!
Eu pedi perdão por sentir medo...
Porque não estou pronto
Não me justifico...
Não sou beato nem santo...
Ainda não me entendo tanto... tanto... sabe?

Faço questão de recontar toda a nossa história
Para que nas entrelinhas você entenda
Que te amo tanto... tanto... sabe?
Olho pra frente e caminho...
Nessa estrada que escolhi...
O passado faz parte de mim...

Não amo sozinho...
As lembranças têm o poder de preencher as ausências
Elas me dão essa graça de te levar comigo

Não rasgo nem uma folha...
Meu livro de vida tem você dentro
Em muitas páginas... nos rabiscos...
Na frente... nos versos... nas prosas...
Nos cantos... nas melodias...

Se por um tempo a gente perdeu a harmonia...
Se as notas escritas erradas retiraram as certezas...
Hoje a leitura é feita com clareza...
O amor é uma lente que permite ver detalhes...

Por isso nosso livro tem música... tem notas... tem pausas...
tem corações partidos e partituras!

domingo, 16 de agosto de 2009

Saudadesssssssssssss


“Se me esqueceres, só uma coisa,


esquece-me bem devagarinho.”






quinta-feira, 18 de junho de 2009

Casamento - Por Adélia Prado...

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinho na cozinha,de vez em quando os cotovelos se esbarram, ele fala coisas como "este foi difícil" "prateou no ar dando rabanadas"e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. Por fim, os peixes na travessa, vamos dormir.
Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Cicatriz

Um menino tinha uma CICATRIZ no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele meninoda cicatriz não freqüentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio.
A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:
Que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás.
O professor achou magnífica a idéia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás.
Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o por quê daquela CICATRIZ.
A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:
- Sabe turma eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:
- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade...
A turma estava em silencio atenta a tudo.
O menino continuou:
- além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
Silêncio total em sala.
-...Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeiras pegavam fogo e estava muito quente...
...Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chamas. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar: "minha filhinha estar lá dentro!" Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...
...Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e coloquei ele no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí entre as pessoas e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito....
...Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto...
A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada, então o menino continuou:
...Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha beija porque sabe que é marca de AMOR.
- Para vocês que vão ler esta história, queria dizer que o mundo está cheio de CICATRIZES. Não falo da CICATRIZ visível mas das cicatrizes que não se vêem, estamos sempre prontos a abrir cicatrizes nas pessoas, seja com palavras ou nossas ações, recentemente ouvimos o caso da menina Isabela, esta é mais uma CICATRIZ em nossas vidas, sem falar no pequeno João Sérgio que foi arrastado por um veículo preso ao cinto desegurança.
Sabe gente, aproximadamente a 2000 anos atrás o nosso irmãozinho (Jesus), mais velho, também adquiriu algumas CICATRIZES em suas mãos, seus pés e sua cabeça. Essas cicatrizes eram nossas, mas Ele, o Irmãozinho mais velho pulou em cima da gente, protegeu-nos e ficou com TODAS as nossas CICATRIZES. Essas também são marcas de AMOR.
Agradecimentos à Mônica, que me enviou esse texto!