segunda-feira, 9 de junho de 2008

Fábio de Melo... Sempre!

Eu fico tentando compreender, o que nos Teus olhos pôde ver
Aquela mulher na multidão, que já condenada acreditou
Que ainda havia o que fazer, que ainda restara algum valor
E ao se prender em Teu olhar, por certo haveria de vencer

E assim fizeste a vida, retornar aos olhos dela
E quem antes condenava, se percebe pecador
Teu amor desconcertante, força que conserta o mundo
Eu confesso não saber compreender

Sou humano demais pra compreender
Humano demais pra entender
Este jeito que escolheste de amar quem não merece


Sou humano demais pra compreender
Sou humano demais pra entender que aqueles que escolheste
E tomaste pela mão geralmente eu não os quero do meu lado


Eu fico surpreso ao ver-te assim, trocando os santos por Zaqueu
E tantos doutores por Simão, alguns sacerdotes por Mateus
E, mesmo na cruz, em meio à dor, um gesto revela quem Tu és
Te tornas amigo do ladrão, só pra lhe roubar o coração

E assim foste o contrário, o avesso do avesso
E por mais que eu me esforce, não sei bem se Te conheço
Tu enxergas o profundo, eu insisto em ver a margem
Quando vês o coração, eu vejo a imagem

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